Pra não dizer que não falei das coisas
Publico poemas variados que de uma maneira espontânea surgem em minha mente. Frutos de conversas, situações cotidianas, vivências e devaneios absolutos sobre a existência. Os parênteses apresentam uma segunda via de leitura. É possível encontrar também algum sentido lendo alguns poemas do fim para o começo. O que penso me incomoda muito. Por isso, não dá pra dizer que não falei das coisas que penso... Compartilho com vocês.
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Com qual RAÇA você se identifica? Eu? Melânico.
sexta-feira, 29 de setembro de 2023
A “narrativa do detalhe” X a "ingenuidade do óbvio”
A “narrativa do detalhe” X “a ingenuidade do óbvio”
O diabo mora na "narrativa do detalhe", MAS Deus mora na "ingenuidade do óbvio".
Nesse texto, vou tentar dar algum sentido e conexão a falas e expressões de profissionais das mais diversas áreas de atuação e formação, utilizando cenas de filmes, canções, charges, piadas, jargões profissionais, ou seja, um emaranhado de situações que, a princípio, não possuem uma relação entre si para desenvolver o tema proposto.
Fazendo uso da escrita hipertextual, possibilitada pela internet, sugiro ao leitor clicar no hiperlink disponibilizado no momento que o mesmo é lido, para compreender a conexão que tentei estabelecer e compreender o texto em sua amplitude.
Numa tentativa “endiabrada” de criar uma “narrativa temporária” me concentrando as vezes nos “detalhes” implícitos que minha consciência foi capaz de formular e captar ao observar e refletir sobre essas situações, tentarei fazer esses “cortes” e “recortes” com o objetivo de aproximar da “obviedade” da “ingenuidade” que os fatos e a situações cotidianas, verdadeiramente carregam. Vamos lá!
Acredito que a população que mais conhece artigos de legislações diversas seja a brasileira.
Mesmo tendo um grande número de jovens e adultos semi-alfabetizados, qualquer menor infrator, que esteja avançando na escola da marginalidade, tende a ser um MAIOR infrator, graduar-se e pós-graduar-se em algum presídio espalhado pelo Brasil afora, considerando os FEDERAIS, como o ápice da carreira.
Quando abordado e/ou preso por algum agente da Lei, em algum momento vai dizer: “não encosta não!”; “não vai dar nada pra mim!”; “amanhã estou na rua e você vai ter que me prender de novo!”; “essa quantidade vou ser enquadrado como usuário!”; “não vou falar nada sem a presença do meu advogado!”, e por aí vai.
Segue um exemplo para ilustrar a minha explanação. Observe que o humor permeia a situação, por parte do infrator, do repórter e do agente policial. Identifica-se com clareza, a “narrativa” do infrator, a riqueza de “detalhes” que ele inventa rapidamente desfeita pelo corte e chamada à obviedade e realidade do fato, pelo policial.
SARGENTO FAHUR pega o MAIOR FUMANTE do Mundo
Sendo alguém com poder e acesso à elite judiciária brasileira, a coisa se processa num outro nível de argumento.
O fato, o “óbvio”, demonstrado na “cara do freguês”, num passe de mágica, é reformulado e revertido contra o “freguês intruso” que poderá ser implicado pelo desconhecimento aprofundado do emaranhado das leis brasileiras e suas sinapses que, “ingênua ou propositalmente”, não foram ativadas pelo legislador, mais conhecidas como “brechas na lei”, terreno fértil onde o “narrador do detalhe” atua.
O caso mais icônico, partiu dessa declaração de solidariedade, submissão e fidelidade de um grupo de advogados ao seu “honroso” cliente.
Jantar de advogados anti-Lava Jato termina com Lula ovacionado
O “detalhe” que tornou vencedora a “narrativa” da tese defendida: Um “CEP” errado, que passou despercebido por todas as instâncias do poder judiciário e “magicamente” foi descoberto por esse “brilhante” grupo de advogados e aceita por um “juiz” da mais alta corte brasileira.
Conectando as duas cenas extremas, a do maior fumante do mundo e a da maior banca de advogados do mundo, o “óbvio” é visto também nessa reportagem, selecionada entre as inúmeras existentes no noticiário policial brasileiro, mostrando como a “narrativa do detalhe” já está difundida no poder judiciário brasileiro.
A polícia prende a justiça vai e solta, o confuso caso de assassinato em Roda Velha
Ao reagir, de maneira “ingênua”, apaixonada muitas vezes, diante dessas situações de injustiças “óbvias”, o operador do direito honesto, o cidadão de bem, o agente militar que todo dia deixa sua família em casa aflito, não sabendo se vai retornar ao final do dia, ao perder o controle e ter o seu dia de fúria, descobre que por detrás dessa estrutura toda da “narrativa do detalhe”, existe uma outra, que opera nos bastidores.
Para ilustrar essa outra estrutura, vou recorrer a uma canção que ficou famosa nas rádios do Brasil nas décadas de 1980/90.
Skowa & a Máfia - Amigo do Amigo
Não restando mais alternativas e prevalecendo “quase sempre” vencida a tese apresentada pelos operadores da “narrativa do detalhe”, omissão e relativização das autoridades constituídas, resta “quase sempre” ao adepto da “ingenuidade do óbvio”, fazer justiça com o próprio corpo.
domingo, 6 de fevereiro de 2022
LULA LADRÃO, ROUBOU SUA RAZÃO
domingo, 30 de janeiro de 2022
VÁ PARA CIMA E VACINA, O QUE SE HÁ DE PFIZER
(Marcello Dhias - 30-01-2022)
Tempos ignorantes
Pessoas arrogantes
Afrontam inconsequentes
A saúde de inocentes
Dar tempo ao tempo
Não se faz mais presente
Seringas delirantes
Mentes entorpecentes
Não há mais razão
Muito menos porquês
Zumbis na multidão
Flores mortas num buquê
Seu corpo, minhas regras
E quando um dos pais a vacinar, nesse momento, se nega?
A palavra de uma médica, anestésica
Vale mais do que a de quem carrega?
Passei tempos sem te ver
Evitei o convívio para te proteger
Mas como argumentar com a genitora, seguidora
Quando ela quer pagar para ver?
Ela vem para cima, sem vacilar
Estão todos contra você, melhor se calar
Tenho um pequeno corpo a vacinar
Sequelas, anomalias, melhor desconsiderar
Os benefícios são maiores do que os riscos
Efeitos adversos graves não tem como prever,
Tira logo essa foto, eu quero publicar
Afinal de contas, a vacina é segura e tem seguro,
Ela é da Pfizer, o que se há de Pfizer?
sábado, 15 de janeiro de 2022
A VERDADE DÓI, MAS ALIVIA O PESO DA ALMA
quinta-feira, 1 de julho de 2021
ACORDA DORMENTE
Marcello Dhias (01/07/2021)
Que a corda está no pescoço
Daquele professor moço
Que na faculdade
Falou para você sobre diversidade
Acorda dormente
Do sonho feliz de cidade
Aos poucos invadem sua mente
Cá estamos na realidade
Acorda dormente
A sua luta está em progresso
Está sendo articulada
Nos tribunais e no congresso
Acorda dormente
Misoginia, racismo ou homofobia
Escolha agora a sua bandeira
Vai defender, sua minoria
Acorda dormente
Enquanto você dormia
Seus líderes descaradamente
Saqueavam a economia
Acorda dormente
Idiota útil, servil
Ofereça sua alma, seu corpo
Na greve ou guerra civil
Acorda dormente
Emerja com o molusco
Criatura do lusco-fusco
Vai dar sua vida no front
Acorda dormente, demente
Luta lá, Luta lá, pra gente!
sexta-feira, 14 de maio de 2021
DILEMA
Escolhi em ir
Enfrentar o vírus
Já não há mais sentido
Pensar depois de contaminado
Seria bom ter ficado
Escolhi em ficar
Evitar o vírus
Já não há mais sentido
Pensar depois de morrido
Seria bom ter ido
Escolhi prender o ar
Para preservar a vida
Quem pode viver sem respirar?
Até a hora da partida?
Ingênuo fui eu ao achar
Quem me mascarando, amenizaria o problema
Que o vírus seria capaz de respeitar
O meu terrível dilema
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
APRESSA MULHER
sábado, 4 de junho de 2016
Pois a vida tem pressa
O tempo já é outro
A fala expressa
Há caminhos a percorrer
Cenários para montar
Sede para viver
Pessoas a encontrar
A vida te chama
O corpo reclama
A mente inflama
Entende, quem ama
Os retornos eternizarem
domingo, 6 de dezembro de 2015
SIMPLICIDADE
SIMPLICIDADE
Marcello Dhias (06-12-2015)
Mãos calejadas
Têm vaidade
Pele escura
Esconde a idade
Falam de sonhos
Imensa vontade
Entendem da vida
Encaram a verdade
Prestam serviços
Com habilidade
Chegam atrasados
Com propriedade
Cometem erros
Ingenuidade
Trabalham demais
Até mais tarde
São solidárias
Simplicidade
Pessoas simples
Da cidade
DEPURAR
DEPURAR
Marcello Dhias 06/12/2015
Há um tempo
Para se apurar
Se não é puro
O amar
Há um tempo
Para separar
Da mistura
O amar
Há um tempo
Para depurar
Tornar puro
O amar
Há um tempo
Para amar
Tornar-se impuro
Depurar