quinta-feira, 4 de abril de 2024

Com qual RAÇA você se identifica? Eu? Melânico.

Com qual RAÇA você se identifica? Eu? Melânico.

Enquanto os "teóricos" sociais do LGBT-AZ, só acrescentam letras e sinais nesta sigla eterna, visando cooptar mais adeptos contra a trilogia "Homem, Branco e Hetero" e aumentar o tensionamento do "nós contra eles", proponho uma nova classificação, baseada na ciência, para se referir à característica fenotípica, "tom de pele" dos seres humanos.

Ela se baseia na cor e na quantidade de MELANINA presente nas células (melanócitos e queratinócitos) da nossa pele, pêlos e cabelos, pigmento esse que é responsável para proteger o nosso DNA das radiações solares.

Isso explica porque pessoas oriundas de áreas mais ensolaradas do nosso planeta, são eumelânicos.

* EUMELÂNICO (para pardos e pretos)
* FEOMELÂNICO (para brancos, amarelos e vermelhos)
* AMELÂNICO (para albinos)

Já pensou uma manchete assim:

HOMEM FEOMELÂNICO É PRESO POR DIRIGIR EMBRIAGADO.

HOMEM EUMELÂNICO É PRESO POR DIRIGIR EMBRIAGADO.

A nossa preocupação vai se voltar para "o que" esse homem fez e não para a narrativa, para vender mais e/ou engrossar dissertações e teses acadêmicas das ciências sociais, que insiste em associar a "cor da pele" ao ato de prisão desse indivíduo.

Se a manchete for acompanhada por uma foto, a tonalidade da pele desse homem, para quem se interessar em saber e que não tem nada a ver com a infração penal que foi cometida, será facilmente identificável, não sendo portanto, necessário informá-la.

Futuramente, depois que a sociedade incorporar o uso cotidiano dessa nova classificação simplificada, ela poderá ser suprimida de vez e a manchete ficaria assim:

HOMEM É PRESO POR DIRIGIR EMBRIAGADO.

Acredito que assim se dará o combate efetivo ao tal "racismo" que, para as ciências biológicas, não se sustenta, pois na espécie humana não existem RAÇAS, distinções essas que as "ciências sociais" insistem em manter "vivas" para embasar suas teorias defasadas.

O conhecimento científico acumulado sobre o DNA humano comprova isso.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

A “narrativa do detalhe” X a "ingenuidade do óbvio”


A “narrativa do detalhe” X “a ingenuidade do óbvio”

O diabo mora na "narrativa do detalhe", MAS Deus mora na "ingenuidade do óbvio".


Nesse texto, vou tentar dar algum sentido e conexão a falas e expressões de profissionais das mais diversas áreas de atuação e formação, utilizando cenas de filmes, canções, charges, piadas, jargões profissionais, ou seja, um emaranhado de situações que, a princípio, não possuem uma relação entre si para desenvolver o tema proposto.


Fazendo uso da escrita hipertextual, possibilitada pela internet, sugiro ao leitor clicar no hiperlink disponibilizado no momento que o mesmo é lido, para compreender a conexão que tentei estabelecer e compreender o texto em sua amplitude.


Numa tentativa “endiabrada” de criar uma “narrativa temporária” me concentrando as vezes nos “detalhes” implícitos que minha consciência foi capaz de formular e captar ao observar e refletir sobre essas situações, tentarei fazer esses “cortes” e “recortes” com o objetivo de aproximar da “obviedade” da  “ingenuidade” que os fatos e a situações cotidianas, verdadeiramente carregam. Vamos lá!


Acredito que a população que mais conhece artigos de legislações diversas seja a brasileira.


Mesmo tendo um grande número de jovens e adultos semi-alfabetizados, qualquer menor infrator, que esteja avançando na escola da marginalidade, tende a ser um MAIOR infrator, graduar-se e pós-graduar-se em algum presídio espalhado pelo Brasil afora, considerando os FEDERAIS, como o ápice da carreira.


Quando abordado e/ou preso por algum agente da Lei, em algum momento vai dizer: “não encosta não!”; “não vai dar nada pra mim!”; “amanhã estou na rua e você vai ter que me prender de novo!”; “essa quantidade vou ser enquadrado como usuário!”; “não vou falar nada sem a presença do meu advogado!”, e por aí vai.


Segue um exemplo para ilustrar a minha explanação. Observe que o humor permeia a situação, por parte do infrator, do repórter e do agente policial. Identifica-se com clareza, a “narrativa” do infrator, a riqueza de “detalhes” que ele inventa rapidamente desfeita pelo corte e chamada à obviedade e realidade do fato, pelo policial.


SARGENTO FAHUR pega o MAIOR FUMANTE do Mundo


Sendo alguém com poder e acesso à elite judiciária brasileira, a coisa se processa num outro nível de argumento.


O fato, o “óbvio”, demonstrado na “cara do freguês”, num passe de mágica, é reformulado e revertido contra o “freguês intruso” que poderá ser implicado pelo  desconhecimento aprofundado do emaranhado das leis brasileiras e suas sinapses que, “ingênua ou propositalmente”, não foram ativadas pelo legislador, mais conhecidas como “brechas na lei”, terreno fértil onde o “narrador do detalhe” atua.


O caso mais icônico, partiu dessa declaração de solidariedade, submissão e fidelidade de um grupo de advogados ao seu “honroso” cliente.


Jantar de advogados anti-Lava Jato termina com Lula ovacionado


O “detalhe” que tornou vencedora a “narrativa” da tese defendida: Um “CEP” errado, que passou despercebido por todas as instâncias do poder judiciário e “magicamente” foi descoberto por esse “brilhante” grupo de advogados e aceita por um “juiz” da mais alta corte brasileira.


Conectando as duas cenas extremas, a do maior fumante do mundo e a da maior banca de advogados do mundo, o “óbvio” é visto também nessa reportagem, selecionada entre as inúmeras existentes no noticiário policial brasileiro, mostrando como a “narrativa do detalhe” já está difundida no poder judiciário brasileiro.


A polícia prende a justiça vai e solta, o confuso caso de assassinato em Roda Velha


Ao reagir, de maneira “ingênua”, apaixonada muitas vezes, diante dessas situações de injustiças “óbvias”, o operador do direito honesto, o cidadão de bem, o agente militar que todo dia deixa sua família em casa aflito, não sabendo se vai retornar ao final do dia, ao perder o controle e ter o seu dia de fúria, descobre que por detrás dessa estrutura toda da “narrativa do detalhe”, existe uma outra, que opera nos bastidores.


Para ilustrar essa outra estrutura, vou recorrer a uma canção que ficou famosa nas rádios do Brasil nas décadas de 1980/90.


Skowa & a Máfia - Amigo do Amigo


Não restando mais alternativas e prevalecendo “quase sempre” vencida a tese apresentada pelos operadores da “narrativa do detalhe”, omissão e relativização das autoridades constituídas, resta “quase sempre” ao adepto da “ingenuidade do óbvio”, fazer justiça com o próprio corpo.


O Segredo dos Seus Olhos


Será que a “balança da justiça” encontra-se na narrativa ingênua dos detalhes do óbvio?

domingo, 6 de fevereiro de 2022

LULA LADRÃO, ROUBOU SUA RAZÃO

Após três anos de governo do social-democrata Haddad, as seguintes manchetes são lidas na imprensa.

* Auxílio Brasil substitui Bolsa Família e passa a pagar 400,00 para os mais vulneráveis;

* Brasil é o terceiro país que mais vacina contra a COVID-19 no mundo;

* O Real é a moeda que mais valorizou no mundo em janeiro de 2022;

* Brasil recebe convite para participar da OCDE;

* Governo entrega finalmente a transposição do Rio São Francisco, levando água para os nordestinos;

* O Brasil é um canteiro de obras: nem a pandemia foi capaz de parar o pais;

* Piso Nacional do Magistério é corrigido de 2.886,24 para 3.845,343, maior reajuste da história. 

* Após três anos, nenhum ato de corrupção foi detectado no Governo Haddad;

* Brasil cria Operação Acolhida para acolher os irmãos venezuelanos refugiados do país vizinho;

Os apoiadores do governo, satisfeitos com o sucesso do Governo Haddad, comemoram nas redes sociais a reeleição em primeiro do presidente em Outubro.

"Já imaginaram como o Brasil estaria se o Bolsonaro tivesse ganhado a eleição em 2018? Teria virado uma ditadura militar novamente. Salvamos os brasileiros dessa." Comenta o Historiador Marco Antônio Villa.

Os Institutos de Pesquisa, preveem que Haddad, será reeleito ainda no primeiro turno.

O Presidente do TSE comenta que as urnas eletrônicas são seguras e impossíveis se serem fraudadas.

Os poucos apoiadores do Bolsonaro que insistem em atacar o Governo Haddad e a segurança das urnas eletrônicas, são alvos de inquéritos judiciais pelo fato de estarem disseminando fake news nas redes sociais.

"O Brasil melhorou tanto com o Haddad que estou até pensando em votar no Bolsonaro em 2022. Kkkk. O Haddad vai ganhar no primeiro turno mesmo. Meu voto não fará falta para ele", escreveu um eleitor petista de forma debochada nos comentários de uma matéria da Folha de São Paulo, analisando o sucesso do Governo Haddad.

Lula, agora inocente e embaixador emérito do Brasil, viaja com o presidente pela Europa falando do sucesso do Governo. São aplaudidos de pé na sede do Parlamento Europeu. Serão também recebidos pelo Papa Francisco que recentemente elogiou a Operação Acolhida do Brasil.  Em seguida visitarão a China e a Índia para estabelecerem e ampliarem as parcerias comerciais do segundo mandato de Haddad.

LULA, LADRÃO, ROUBOU SUA RAZÃO.

domingo, 30 de janeiro de 2022

VÁ PARA CIMA E VACINA, O QUE SE HÁ DE PFIZER


(Marcello Dhias - 30-01-2022)

Tempos ignorantes

Pessoas arrogantes

Afrontam inconsequentes

A saúde de inocentes


Dar tempo ao tempo

Não se faz mais presente

Seringas delirantes

Mentes entorpecentes


Não há mais razão

Muito menos porquês

Zumbis na multidão

Flores mortas num buquê


Seu corpo, minhas regras

E quando um dos pais a vacinar, nesse momento, se nega?

A palavra de uma médica, anestésica

Vale mais do que a de quem carrega?


Passei tempos sem te ver

Evitei o convívio para te proteger

Mas como argumentar com a genitora, seguidora

Quando ela quer pagar para ver?


Ela vem para cima, sem vacilar

Estão todos contra você, melhor se calar

Tenho um pequeno corpo a vacinar

Sequelas, anomalias, melhor desconsiderar


Os benefícios são maiores do que os riscos

Efeitos adversos graves não tem como prever,

Tira logo essa foto, eu quero publicar

Afinal de contas, a vacina é segura e tem seguro,

Ela é da Pfizer, o que se há de Pfizer?

sábado, 15 de janeiro de 2022

A VERDADE DÓI, MAS ALIVIA O PESO DA ALMA

Vivemos um momento ímpar na humanidade.

Vínhamos construindo um mundo baseado no politicamente correto, na etiqueta, na netiqueta, na mão na boca ao falar, no falar baixo, no ser cordial, no ser ambientalmente correto, no tudo, tudo para um mundo melhor.

Em um mundo forjado em modelos a serem seguidos,  temos que desconfiar desse esforço coletivo para sermos "política e ambientalmente corretos".

Isso exige um certo grau de vigilância pois resíduos e ruídos hão de surgir dessa tentativa inútil de modelar o que por natureza é caótico.

Portanto, ao nos esforçarmos para sermos "política e ambientalmente corretos", socialmente palatáveis, humanamente coerentes, seria conveniente assumirmos que existem dois caminhos a serem seguidos para atingir tal feito, que como disse anteriomente, é inatingível, pois somos humanos, demasiados humanos.

Uma aproximação coerente talvez seja viável e possível.

Um caminho é adotarmos os "modelos", os "padrões" que estão amplamente disponíveis na sociedade sem um grau mais profundo de reflexão que nos permita entender o "porquê" adotamos esse ou aquele comportamento em busca do politicambientalmente correto.

Estão todos fazendo? Deve ser algo bom? Então eu vou fazer e adotar também!

Essas premissas seriam suficientes para embasarem a decisão da maioria das pessoas e assim aderirem ao "rebanho" do politicambientalmente correto e suas derivações.

Outra possibilidade, essa mais ardilosa, mais esburacada, mais rejeitada, mais solitária, mais temida, mais evitada, mais incompreendida, mas talvez, a mais "verdadeira" e que nos permita aproximar, de fato, da essência do politicambientalmente correto, seria ir buscar o entendimento no simulacro.

O simulacro é a lata de lixo, o descarte, os resíduos, as inconsistências, as incoerências que foram intencional ou displicentemente descartadas por aqueles que formularam os modelos ou adotam o "modelo" como via de regra para serem pessoas politicambientalmente corretas.

É nessa sarjeta, nesse aterro sanitário, nesse emaralhado de pedaços que iniciaremos o processo de coleta seletiva, de triagem, de criação de classificações, de seleção do que serve e o que não serve, de categorias para dar alguma lógica, algum sentido, àquilo que não serviu para compor o modelo.

É nessa tarefa solitária, mas altamente significativa e vívida, que formularemos a nossa versão ímpar e muitas vezes incompreendida, por terceiros, mas altamente compartilhável, com terceiros, do nosso politicambientalmente correto.

Ela nunca estará acabada, pois a cada atualização do modelo, novos resíduos hão de surgir e assim,  "mais verdades" o simulacro vai conter que podem, ou não, vir a fazer parte da nossa versão provisória do politicambientalmente correto.

Nessa experiência de revirar o lixo do simulacro, viveremos um êxtase tamanho para significar e experimentar a vida, os bons encontros, a plenitude da natureza, cientes devemos estar, que seremos extremamente rejeitados e até invejados por aqueles que escolheram a via modeladora, mais fácil, mais prática, porém a mais aprisionante.

Por onde começar? Como vivo isso na prática? Isso é utópico demais.

Os modelos e o simulacro estão aí, agora, bem na sua frente. Aguce seus sentidos e aprenda a identificá-los.

Exploremos portanto, mais nossos simulacros. É lá que habita a "verdadeira vida e a verdade"!

https://youtu.be/UAiuqLezs28

quinta-feira, 1 de julho de 2021

ACORDA DORMENTE

Marcello Dhias (01/07/2021)


Que a corda está no pescoço

Daquele professor moço

Que na faculdade

Falou para você sobre diversidade


Acorda dormente

Do sonho feliz de cidade

Aos poucos invadem sua mente

Cá estamos na realidade


Acorda dormente

A sua luta está em progresso

Está sendo articulada

Nos tribunais e no congresso


Acorda dormente

Misoginia, racismo ou homofobia

Escolha agora a sua bandeira

Vai defender, sua minoria


Acorda dormente

Enquanto você dormia

Seus líderes descaradamente

Saqueavam a economia


Acorda dormente

Idiota útil, servil

Ofereça sua alma, seu corpo

Na greve ou guerra civil


Acorda dormente

Emerja com o molusco

Criatura do lusco-fusco

Vai dar sua vida no front


Acorda dormente, demente

Luta lá, Luta lá, pra gente!


sexta-feira, 14 de maio de 2021

DILEMA

 

Escolhi em ir

Enfrentar o vírus

Já não há mais sentido

Pensar depois de contaminado

Seria bom ter ficado

 

Escolhi em ficar

Evitar o vírus

Já não há mais sentido

Pensar depois de morrido

Seria bom ter ido

 

Escolhi prender o ar

Para preservar a vida

Quem pode viver sem respirar?

Até a hora da partida?


Ingênuo fui eu ao achar

Quem me mascarando, amenizaria o problema

Que o vírus seria capaz de respeitar

O meu terrível dilema

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

APRESSA MULHER

Marcello Dhias

Escrevem mais cartas
Do que enviam
Detalham no history
O seu dia-a-dia
Aplicam seus filtros
E se maquiam
Mudam de fotos
Com certa magia
Exibem-se nas redes
As suas redes
Atentas aos likes
Quem as cortejam?
Será um novo amor
Quem as protejam?
Exibindo-se em flor
É quem desejam?
Será o beija-flor?
Ou o florista?
Um paira no ar
Outro um artista
Parou de postar
Estais a enamorar?
Tem pressa a mulher
Sabe ela o que quer?
Nesta conquista?
Apressa mulher

sábado, 4 de junho de 2016

A vida te chama para a chama
by Marcelo Dhias

Vai meu amigo
Pois a vida tem pressa
O tempo já é outro
A fala expressa

Há caminhos a percorrer
Cenários para montar
Sede para viver
Pessoas a encontrar

A vida te chama
O corpo reclama
A mente inflama
Entende, quem ama

Quando compreender
Os retornos eternizarem
Haverá de perceber
Pensamentos aterrissarem
Vai meu amigo
A vida é chama e te chama

domingo, 6 de dezembro de 2015

SIMPLICIDADE

SIMPLICIDADE

Marcello Dhias (06-12-2015)

Mãos calejadas

Têm vaidade

Pele escura

Esconde a idade

Falam de sonhos

Imensa vontade

Entendem da vida

Encaram a verdade

Prestam serviços

Com habilidade

Chegam atrasados

Com propriedade

Cometem erros

Ingenuidade

Trabalham demais

Até mais tarde

São solidárias

Simplicidade

Pessoas simples

Da cidade

DEPURAR

DEPURAR

Marcello Dhias 06/12/2015

Há um tempo

Para se apurar

Se não é puro

O amar

Há um tempo

Para separar

Da mistura

O amar

Há um tempo

Para depurar

Tornar puro

O amar

Há um tempo

Para amar

Tornar-se impuro

Depurar

sexta-feira, 16 de março de 2012

SUPER FACE ALL


SUPER FACE ALL
(Marcello Dhias)

O quanto superficial
É essa rede social
Tanta energia sem expressão
A faz ficar banal

Super fácil ser o tal
E postar futilidade
Lições imbecis de moral
Sem profundidade

Era para ser libertária
Mas se tornou mercenária
E cada um no seu ócio
Alimenta mais o negócio

Trocamos nossas palavras
Pela frase pronta do banner
O nosso opinar
Pelo botão curtir
Sem notar que são essas
Estratégias para nos iludir

Com tanto poder nas mãos
Como não percebemos
Que tanta alienação
Faz com que nos esquecemos

Ficamos sem opinião
Hoje nós podemos?
E a tal revolução
Por que não a fazemos?

Restritos a banners, fatos e fotos
Nos tornamos bigbrotherianos
Um “super cara” para todos
Mas sem ação, pouco intensivos
Podemos ver isso nos rostos
Estáticos, pouco expressivos
Vivendo em rede social

SUPER FACE ALL

terça-feira, 4 de outubro de 2011

OS COPOS PODEM ESPERAR


OS COPOS PODEM ESPERAR
(Marcello Dhias)

Alinhados sobre a pia
Os copos esperam
Pacientemente pelo banho
E ao retorno, de novo
Para o escorredor

Parecem acostumados
Com essa rotina semanal
Que há anos
Se repete

Um dia a mais
Outro a menos
Não importa
A sequência
Há de se cumprir

Enquanto isso
Observo a paisagem
Após a chuva
Os pássaros nas suas rotinas parecem alegres
Os carros e as casas, mais vistosos, também
Até as árvores
Com o seu verde lavado
Parecem agradecer
As águas do dia anterior

Assim como os copos
Aguardaram pacientes
Pela água
Para remover a sujeira
Para liberar um pouco do peso
Para experimentar novos ares
Que a vida diariamente nos trás

Passado esse devaneio
Sento e escrevo essas palavras
Para registrar a rotina
Para lavar minha alma
Enquanto os copos
Continuam sujos
Esperando pacientemente
O retorno para o escorredor

OS COPOS PODEM ESPERAR

sexta-feira, 11 de março de 2011

DISSABOR NO BAR – OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS

DISSABOR NO BAR – OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS
(Marcello Dhias)

Primeiros a assentarem na mesa
Sorridente o garçom aparece
Pergunta o que a gente deseja
E o cardápio oferece

Pedimos logo a bebida
A prosa desenrolava
Logo depois a comida
A noite avançava

Saia mais um cliente
Vazio o bar ficava
O garçom impaciente
A mesa observava

Mais uma rodada descia
Mas como falar pro freguês
O garçom em agonia
Que era a última vez

Faz parte do ofício
Sempre agradar ao cliente
Sabia desde o início
Que aquela mesa era quente

Próximo a nossa mesa
Todos os funcionários do bar
Prestando atenção na prosa
Que insiste em não terminar

Salve garçom amigo
A conta pode fechar
Obrigado pelo abrigo
Pra gente filosofar

Agradeceu aliviado o garçom
Precisamos descansar
O serviço aqui é muito bom!
Um café para encerrar

Aqui está o dinheiro
O troco pode ficar
Os últimos serão os primeiros
Nós iremos voltar